HashFlare, mineradora em nuvem da Estônia


ATENÇÃO: Não recomendo mais a Hashflare. Além de estarem com essas coisas de vereador como pedir selfie pra tirar o dinheiro, eles simplesmente se reservam o direito de cancelar o serviço sem estornar a quantia investida para o cliente. Proceda por conta própria.

A HashFlare é uma mineradora em nuvem localizada na Estônia onde você compra poder de mineração em máquinas remotas para minerar criptomoedas. Ou seja, você pode minerar sem se preocupar com equipamento e gasto com energia elétrica. A firma é uma subdivisão da empresa HashCoins, que desenvolve software e outros equipamentos para a mineração de criptomoedas e assegura a manutenção do equipamento no datacenter.

A HashFlare trabalha, atualmente, com Bitcoins, Etherium, ZCash e Dash e tem duas características que me chamaram atenção. O datacenter da firma também fica na Estônia, junto com a sede e tal, sendo que a maioria das outras mineradoras em nuvem mantém seus equipamentos na China. Isto acaba deixando as atividades relacionadas às criptomoedas naquele país à mercê das arbitrariedades de um governo comunista, podendo causar confusão como aconteceu recentemente com a Eobot. A outra característica interessantíssima é a opção para comprar poder de mineração com cartão de crédito, algo que não vi em nenhuma outra mineradora de nuvem que já testei.

Você pode também reinvestir os ganhos no sistema para obter mais poder de mineração (H/s), escalando o mesmo. Penso em enviar os quebrados que ganho gratuitamente em faucets e tal para lá, mas como a HashFlare tem valor mínimo para deposito, rola de acumular em alguma carteira antes de enviar pra lá. Outra coisa é que o usuário pode escolher os pools de mineração, embora eu ainda não saiba direito o que dizer sobre isso.

Eu gostei bastante do suporte. Rápido e eficiente. E eles enviam os invoices certinhos por email, que você pode responder em um endereço que eles fornecem se tiver alguma dúvida ou problema. Se for algo urgente, não precisa de ficar cadastrando em sistemas de tickets, embora tenha também isto no site.


Embora a HashFlare tenha baixo custo de mineração em relação à concorrência (do algoritmo SHA-256, por exemplo, 1 GH/s custa atualmente apenas US$0.15), você tem que ficar esperto com as taxas de manutenção que, às vezes, não compensam o investimento ou podem até dar prejuízo. Por outro lado, estes custos têm a vantagem de serem fixos. Atualmente, o custo de manutenção do SHA-256 (um algoritmo de mineração), é de US$0.0035 por cada 10 GH/s. Para o Scrypt (outro algoritmo), o custo de manutenção é de US$0.01 por 1 MH/s por dia. Para os outros, ainda não se cobra custo de manutenção.

Claro que isto depende do preço da energia, do valor da moeda a ser minerada e a dificuldade para isto, e convém dar uma olhada nesta página antes de investir o seu dinheiro.

Outro ponto negativo é que demora para atualizar o seu painel de controle. Levou um dia para eu ver o quanto rendeu meu primeiro investimento lá e as previsões para até um ano (o tempo máximo de contrato atualmente na HashFlare) com o poder de mineração que eu comprei. Mas pode ficar tranquilo que atualiza (pelo menos até o momento em que escrevi este post).

Polêmica?

A HashFlare é comumente apresentada como uma das formas mais confiáveis de minerar criptomoedas que existem atualmente. Como eu disse, ela é parte da empresa HashCoins, fundada em Julho de 2013 pelo Sergei Potapenko. A firma começou desenvolvendo interfaces web para administração de mineração remota e, desde janeiro de 2015, começou a oferecer o serviço de mineração em nuvem, dando origem, assim, à HashFlare.

Existe, entretanto, uma polêmica acerca da firma. Até agosto de 2017, a HashFlare oferecia contratos vitalícios de poder de mineração SHA-256 e Scrypt. Depois, devido a alguns fatores, ela simplesmente cancelou os mesmos e começou a oferecer apenas contratos de 1 ano. Isto fez com que muitos usuários começassem a chamar a firma de fraude, scam etc. Entretanto, embora tenha feito esta alteração unilateral da cláusula (que eu não sei dizer se já era prevista em seus termos de uso), nunca ouvi falar de calote ou nenhum tipo de trambique vindo da empresa neste sentido.

O domínio da HashFlare é de 2014, usa o protocolo de segurança HTTPS com certificado válido e tem opções para reforçar a segurança, como a famigerada dupla autenticação. Também, eles dão a cara a tapa (tem fotos da equipe, seus nomes e tal). Isto implica que eles devem ter uma reputação a zelar e me passa confiança.

Pontos positivos

  • Hardware fora da China (Estônia), o que julgo dar mais segurança para a manutenção das atividades ou pelo menos diversificar o risco;
  • Baixo custo de poder de mineração;
  • Empresa já estabelecida, provavelmente interessada em manter boa reputação;
  • Interface responsiva, simples e objetiva, com previsão de ganhos e histórico;
  • Pode usar cartão de crédito (internacional) para comprar poder de mineração;
  • Suporte parece ser eficiente.

Pontos negativos

  • Demora a atualizar o sistema. Não aparece a evolução dos ganhos em tempo real;
  • O custo de mineração é alto, o que pode implicar em prejuízo, se você não ficar esperto. 

Aftermath

Eu não vou dar 100% de segurança, até mesmo porque que não existe nenhum negócio do mundo que ofereça esta margem (nem mesmo a suposta estabilidade do setor público, que nem é negócio, é 100% segura), mas eu estou apostando na HashFlare.

Eu comprei também apenas 110 GH/s de SHA-256 por hora. Pelos cálculos que fiz, este algoritmo e o Scrypt são os únicos que valem a pena lá, pelo menos no momento. Lembre-se também que isto depende do seu objetivo ou estratégia e que, como em toda mineração em nuvem de confiança, não se pode esperar ganhos absurdos, mas tem como lucrar.

Dados técnicos

  • Programa de Referência: 10% por compra de cada convidado
  • Retorno: 6 à 8 Meses
  • Limites de saques e taxas
  • Taxa: US$0.0035 por cada 10GH/s para o SHA-256 10 e US$0.01 por 1 MH/s para o Scrypt
  • Possibilidade de Reinvestir: Sim
  • Moedas: Bitcoin, Etherium, ZCash e Dash
  • Modos de pagamento: BTC, EMC, transferencia bancária, cartão de crédito e Payeer.

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